Oi.

Sabe aqueles dias em que você quer falar e ser ouvido, de alguma forma e sobre qualquer coisa?
Bem essa foi a forma que eu (Amanda) e a Bruna encontramos de dizer a todo mundo o que pensamos e ouvir o que a s outras pessoas tem a dizer. Então entre, sente-se e sinta-se em casa, só não vale pé no sofá :D

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Uma breve história dos beijos no cinema

Hoje eu realmente estou inspirada.
Tava pensando, postei sobre os beijos que eu gosto, mas esqueci da história dos beijos no cinema. Lógico! Foi um escândalo/avanço na dramaturgia. Então vamos lá. Achei uma matéria aqui no mtv.uol.com e queria mostrar aqui :D


Taí, um belo assunto para ser comentado no Dia dos Namorados: beijos cinematográficos. Listas já foram feitas elencando as mais memoráveis cenas de beijos no cinema, e é natural que cada uma se diferencie da outra. Afinal de contas, cada beijo é especial da sua maneira. Mas como começou essa relação entre a sétima arte e o ato poeticamente definido pelo escritor francês Jean Rostand como "um segredo que se diz na boca e não no ouvido"?
Pois bem: a primeira cena de cinema foi filmada em 1896, e registrou um beijo dado em cena pelos atores May Irwin e Jhon Rice durante a peça A Viúva Jones. A sequência, pudica para os padrões atuais, uma vez que nem beijo de língua é, foi no entanto suficiente para escandalizar os espectadores da época. Críticos consideraram a cena "absolutamente repugnante", e o filme foi boicotado por associações que bradavam pela moral e pelos bons costumes da época.
O primeiro beijo da história do cinema, filmado em 1896.
As reações iniciais negativas felizmente não impediram a exibição de outros beijos na tela grande. Mas a vida não foi fácil para os beijoqueiros da sétima arte. Nos anos 30, por exemplo, os filmes em Hollywood precisavam passar por um rígido Código de Produção, popularmente conhecido como Código Hayes, que regulamentou todas as produções cinematográficas até os primeiros anos da década de 60. Uma das regras dizia: nenhum beijo em cena podia durar mais do que 3 segundos. Caso contrário, o filme era censurado e sofria cortes para poder entrar em cartaz. Por causa desse código, cineastas passaram a recorrer a metáforas visuais como a famosa cena que já virou clichê: a câmera que mostra um casal se beijando, e que se move lentamente até focar em uma lareira crepitando, deixando para o espectador subentender a continuação daquela sequência amorosa.
Porém, nem a rígida censura daqueles tempos impediu que o cinema cunhasse cenas altamente sensuais como o beijo na praia de Burt Lancaster e Deborah Kerr em A Um Passo da Eternidade, premiado com o Oscar de Melhor Filme em 1954. No livro que deu origem ao longa-metragem, escrito por James Jones, os personagens de Kerr e Lancaster fazem sexo na praia. Logicamente o filme não pôde ser tão explícito, mas o beijo imortalizado nas telas já é suficiente para que os espectadores saibam que aquelas areias testemunharam muito mais do que um rala e rola.
O antológico beijo na praia de Burt Lancaster e Deborah Kerr
Beijos censurados não eram exclusividade de Hollywood. Todo cinéfilo certamente se lembra da cena final de Cinema Paradiso, dirigido por Giuseppe Tornatore em 1988, que mostra uma compilação de cenas de beijo censuradas pelo padre de uma aldeia siciliana durante os anos 40 e 50.

Os desenhos animados também não passam incólumes a este ato que causa frio na barriga e aquecimento no restante do corpo. Vide o clássico A Dama e o Vagabundo, 15º longa de animação produzido pelos estúdios Walt Disney em 1955.

A cena clássica do longa-metragem animado de 1955


Homer e Marge Simpson em um beijo apaixonado no filme de 2007

Merece destaque também a cena caliente protagonizada pelo casal criado por Matt Groening: Homer e Marge, que trocam um beijo mais do que apaixonado no primeiro longa-metragem para o cinema dos Simpsons, lançado em 2007. No filme, Homer acaba de salvar a cidade de Springfield de um ataque nuclear. Após descer de uma motocicleta, Homer toma a sua esposa nos braços e, após um ósculo digno de desentupir pias, arranca a seguinte declaração da patroa: "Hmm. Melhor beijo da minha vida". O herói do dia a corrige no ato: "Melhor beijo de sua vida até agora!".
Além das cenas de desenhos animados, outra categoria à parte são os beijos sob chuva. Qualquer lista que se preze citará, dentre os mais inesquecíveis beijos cinematográficos, os de Audrey Hepburn e George Peppard em Bonequinha de Luxo (1961), Hugh Grant e Andie MacDowell em Quatro Casamentos e um Funeral (1994), Rachel McAdams e Ryan Gosling em Diário de uma Paixão (2004) e Tobey Maguire e Kirsten Dunst em Homem-Aranha (2002).

O beijo de Tobey Maguire e Kirsten Dunst no filme de 2002


O beijo de Peter Parker e Mary Jane Watson foi, diga-se de passagem, o vencedor do prêmio de Melhor Beijo do MTV Movie Awards em 2003. Essa categoria, uma das mais bacanas da premiação, já consagrou outros beijos marcantes como os de Anna Chlumsky e Macaulay Culkin em Meu Primeiro Amor (1992), Jim Carrey e Lauren Holly em Debi & Lóide (1995) e Sarah Michelle Gellar e Selma Blair em Segundas Intenções (2000). No ano de 2006, o prêmio foi para o beijo que marcou o reencontro de Ennis del Mar e Jack Twist, personagens interpretados por Heath Ledger e Jake Gyllenhaal em O Segredo de Brokeback Mountain, belo filme dirigido pelo oscarizado Ang Lee.
O beijo do reencontro de Ennis del Mar e Jack Twist em Brokeback Mountain
E assim, desde que o pioneiro beijo nas telas de cinema foi registrado em 1896, muitas águas se passaram. Houve inclusive uma produção experimental que exibe apenas cenas de beijos em seus 50 minutos de duração: Kiss, dirigido pelo artista plástico Andy Warhol em 1963. E, enquanto o Dia Mundial do Beijo é comemorado no dia 13 de abril (sabe-se lá por que escolheram essa data), neste Dia dos Namorados foi celebrada a Hora do Beijo às 22:22. Mas o fato é que os apaixonados independem de datas, horas ou pretextos para se beijarem, certo? É como bem escreveu mestre Carlos Drummond de Andrade: "O dia dos Namorados/ Pra mim é todo dia./ Não tenho dias marcados/ Para te amar noite e dia./ O dia 12 de junho,/ Como qualquer outro, diz/ (e disso dou testemunho)/ Que contigo sou feliz."

Is a kiss just a kiss? Contrariando a letra de "As Time Goes By", a bela música-tema de Casablanca, creio que um beijo é muito mais do que apenas um beijo. Há um provérbio chinês que afirma: "O beijo é como a água salgada; quanto mais se bebe, mais sede se tem". Um beijo pode representar um novo começo de vida, a descoberta de todo um novo universo. Deixemos as palavras de lado, pois. Ingrig Bergman, que interpretou Ilsa Lund em Casablanca, nos legou esta sábia lição: "O beijo é um truque maravilhoso que a natureza inventou para interromper a conversa quando as palavras se tornam supérfluas".
por Alexandre Inagaki

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